Da Folha Online, em Brasília O governo do Principado de Mônaco recebe nesta terça-feira o pedido de extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola.
O ministro Tarso Genro (Justiça) acredita que até o final do mês a Justiça e o príncipe de Mônaco terão decidido sobre o futuro do ex-banqueiro.
Na tentativa de reaver o dinheiro desviado por Cacciola, o governo brasileiro negocia acordos de cooperação internacional.
O secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, afirmou nesta segunda-feira que há empenho para que identificar não só os locais os quais o ex-banqueiro aplicou o dinheiro como também a quantidade investida. “Nós vamos atrás dele [DO DINHEIRO]com certeza”, disse Tuma Júnior. “O importante é não só bloquear [O DINHEIRO]como também repatriar”, afirmou.
Segundo Tuma Júnior, os acordos estão sendo negociados, pois além de Mônaco devem ser incluídos outros governos.
Ele não disse quais países deverão ser englobados nas articulações.
Nesta segunda-feira, um diplomata brasileiro segue para Paris, onde será entregue –na embaixada de Mônaco na França– o pedido e os demais documentos sobre o caso. “Se depender da previsão feita pelo diretor-geral [espécie de ministro da Justiça de Mônaco] até o dia 15, a Corte de Apelação decide.
Entre os dias 15 e 30, já haverá a decisão do monarca”, afirmou Tarso. “A decisão em última instância é do Executivo e não do Judiciário.” O diplomata brasileiro, que segue hoje para a França, levará o pedido de extradição e também uma cópia da sentença de condenação de Cacciola, com 553 páginas, em francês.
O Itamaraty preserva o nome do diplomata afirmando que não há necessidade de informar sua identidade.
No dia 15 de setembro, Cacciola foi detido em Mônaco pela Interpol.
Condenado pela Justiça no Brasil, o ex-banqueiro foi denunciado por desvio de dinheiro público, gestão fraudulenta e favorecimento de informações sigilosas.
Depois de viajar até Mônaco, Tarso disse que as expectativas para a extradição de Cacciola são positivas. “A expectativa é positiva.
Não só porque oferecemos reciprocidade, como também estamos negociando diretamente com o Executivo de Mônaco um acordo de cooperação em matéria judicial e policial”, afirmou.
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