A estabilidade política do continente passa pela estabilidade social do Brasil.

Para que haja relações sociais equilibradas no país, é fundamental inaugurar uma nova era e um novo formato de crescimento econômico, com a redução das desigualdades sociais e regionais.

Neste sentido, as empresas e o governo dos Estados Unidos têm um papel muito importante para desempenhar, investindo no Brasil para gerar empregos e oportunidades.

Esse foi o mote da palestra que o governador Eduardo Campos proferiu na sexta-feira, em Washington, durante o seminário sobre a política externa brasileira, realizado pelo Centro de Estudos Woodrow Wilson.

Voltado para empresários e estudiosos da política e das relações internacionais, o evento contou com a participação de acadêmicos brasileiros e americanos, entre os quais o ex-ministro da Indústria e comércio, Sérgio Amaral, e o professor Riordan Roett, da Universidade John Hopkins. “Nós já ultrapassamos algumas barreiras importantes.

A democracia está consolidada, nosso povo tem um sentimento profundo da necessidade de que sejam estabelecidas regras claras e igualdade de oportunidade para todos.

Também conquistamos a estabilidade econômica e o compromisso com a responsabilidade fiscal.

O que nos falta agora é apoio para crescer com justiça social.

Precisamos trazer para a contemporaneidade os brasileiros que ainda vivem em condições que remontam ao século XIX.

E os Estados Unidos podem fazer isso, se quiserem”, disse Eduardo.

O governador acrescentou que “a presença e o interesse dos Estados Unidos é importante para o Brasil, assim como é importante para os americanos que nós não sejamos apenas o país do futebol e do carnaval.

Queremos parcerias equilibradas.

Queremos investimentos e apoio à disseminação do conhecimento.

Este é um jogo no qual todos saímos ganhando”, afirmou o governador, principal palestrante do painel “A democracia brasileira e os desafios da modernização: a transição de Fernando Henrique para Lula”.

Cerca de quatrocentas pessoas acompanharam a palestra.

A professora de ciência política Mônica Herz, do Instituto de Relações Internacionais da PUC do Rio; o economista Antônio Barros de Castro, chefe do setor estudos econômicos do BNDES e o jornalista Paulo Sotero, diretor do Instituto do Brasil em Washington, foram os outros participantes.

Eduardo Campos foi o único político a participar do evento.