Do jornal Valor Econômico, em 06 de agosto deste ano Por Carolina Mandl Depois de algumas tentativas malsucedidas de comprar empresas brasileiras, a Elekctra, maior varejista de móveis e eletrodomésticos da América Latina, vai entrar no Brasil por meio da abertura de lojas próprias.

A empresa mexicana, que opera mais de mil lojas de e faturou US$ 3,2 bilhões no ano passado, escolheu o Norte e Nordeste para iniciar suas atividades brasileiras.

A Elecktra é o braço varejista do grupo Salinas (US$ 5 bilhões de faturamento), composto também pelo Banco Azteca, a TV Azteca e a companhia de telefonia celular Iusacell.

Junto com a Elektra, o grupo Salinas trará ao Brasil o Banco Azteca, que terá agências dentro das lojas para financiar as compras.

Luiz Niño de Rivera, vice-presidente do conselho de administração do Banco Azteca, disse ao Valor que até o fim do próximo ano serão abertas oito lojas no Nordeste, sendo quatro no Recife e quatro em Fortaleza.

Em 2009, serão abertas lojas em Belém.

Para Rivera, a oportunidade de sucesso no Brasil pode vir pela união de alguns fatores.

O primeiro é o fato de a Elektra e sua subsidiária financeira, o Banco Azteca, terem escolhido as regiões Norte e Nordeste do Brasil para atuar.

Algumas grandes varejistas brasileiras, como a Magazine Luiza, ainda não estão presentes nessas áreas, que crescem mais do que o resto do país.

Só no mês passado, por exemplo, o Ponto Frio anunciou sua chegada à Bahia.

O grupo Salinas colocará seu foco exclusivamente na clientela de baixa renda, o que explica a escolha dos Estados do Norte e Nordeste. “Queremos atingir um público que os bancos e financeiras brasileiras ainda não pegam”, disse Rivera.

A expectativa é que o financiamento médio ao consumo no Brasil fique em torno de US$ 250, e o empréstimo pessoal gire ao redor de US$ 700.

O crescimento do grupo mexicano no Brasil pode se acelerar por meio de aquisições, que Rivera não descarta.

A atividade financeira também pode se expandir à base de parcerias.

Das mais de 1.400 unidades do Banco Azteca, cerca de 350 vieram de alianças com outras empresas.