Associação dos Cabos e Soldados cobra mudanças no Código Disciplinar Nota de repúdio da ACS “Não pregamos a indisciplina mas reivindicamos os nossos direitos” é o lema da Associação dos Cabos e Soldados.
A diretoria não consegue esconder o sentimento de indignação e revolta. É que continua preso no Creed, o policial militar que se negou a carregar uma mala.
Para a diretoria da entidade, tal fato é fruto da existência de um Código Disciplinar Militar arcaico, desumano e não condizente com a realidade das Corporacões.
A Associação respeita a existência das normas militares.
No entanto, a prisão do policial, além de ser uma clara demonstração de abuso de autoridade, fere a Constituição Federal quanto os princípios fundamentais da cidadania.
Antes de tudo, é preciso lembrar que o PM é um cidadão.
Vale ressaltar que o Código possui dispositivos que poderiam ter sido aplicados sem que se chegasse ao absurdo de recolher o praça ao presídio.
Se a idéia era puni-lo por quebra de hierarquia, ele poderia ter sido recolhido por três dias no Batalhão de Cavalaria e depois ser notificado.
No momento em que a violência toma conta do Estado, a sociedade pernambucana é a maior prejudicada, pois é menos um policial na rua.
A Associação dos Cabos e Soldados espera que o Governo do Estado desperte para a necessidade urgente de reforma do Código Disciplinar para impedir que um cidadão de bem, pai de família, passe por constrangimentos desnecessários.
E por falar em família, a esposa do soldado está sob o efeito de sedativos e ainda hoje esconde dos dois filhos a prisão do marido.
Eles acham que o pai viajou para o interior.
Ela tem vergonha de contar que o pai deles foi preso por ter se negado a carregar uma mala.
Na verdade, vergonha tem a Associação dos Cabos e Soldados ao descobrir que ainda existem pessoas que não sabem o verdadeiro significado da palavra harmonia e o que ela pode representar para o bom exercício da profissão.