Veja a íntegra da nota de Cadoca: Jarbas confirmou, através de nota, o que todo mundo sabia, inclusive eu, mas que não havia sido dito explicitamente até então: o candidato do PMDB já estava escolhido.

Se a decisão estava tomada por que não foi dito?

Jarbas optou pelo silêncio.

Só tenho a lamentar.

Os argumentos A minha opção em seguir a linha política do PMDB nacional foi feita às claras.

Sem subterfúgios, quando optei por apoiar Michel Temer à presidência do Partido.

Jarbas e Renan Calheiros apoiavam Nelson Jobim, que declinou de concorrer à presidência por reconhecer que a candidatura não era viável, mas hoje é ministro de Lula.

E ministro forte.

Coisas da política.

Minha relação com o PMDB nacional foi construída com transparência. É uma característica minha.

Se acompanhar o PMDB nacional era impedimento para que eu fizesse uma postulação legítima dentro do partido, então que tivesse sido dito.

Por que esperar para 2008 para colocar tais argumentos?

Como já disse várias vezes, apresentei em abril ao Partido minhas pretensões de sair candidato à Prefeitura do Recife pelo PMDB.

Queria saber também, na ocasião, quais seriam os mecanismos que o partido adotaria para que a escolha fosse feita.

Não obtive resposta.

Só depois de ter deixado o Partido, essa semana, é que se revela o fato consumado.

O prato já estava feito há muito tempo Contramão O senador disse que teria dificuldades de caminhar ao meu lado na campanha porque é oposição nos três níveis de Governo – Federal, Estadual e Municipal.

Não é bem assim.

Nunca houve oposição de Jarbas à Prefeitura.

Muito pelo contrário.

A parceria administrativa com João Paulo avançou para uma parceria política.

A afinidade era tanta em 2004 que inúmeras vezes fui questionado se era eu o candidato de Jarbas ou se era João Paulo.

A carta Decidi enviar uma carta ao senador comunicando minha saída do PMDB por ter a consciência de que o silêncio imposto era o sinal de que, efetivamente, não havia interesse do Partido na minha permanência na agremiação.

Jarbas, de fato, me pediu para ficar no partido através da imprensa, mas, até então, eu não havia resolvido deixar o Partido.

Aguardava uma decisão.

Também através da imprensa Jarbas disse que o assunto sucessão só seria tratado em 2008 e não havia quem o fizesse mudar de opinião.

Disse tudo.

Carlos Eduardo Cadoca Deputado Federal