A indústria, em especial a indústria de transformação, assumiu o papel de protagonista do crescimento econômico brasileiro e será o carro-chefe do desempenho da economia neste segundo semestre.
Nesta quarta-feira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reviu para cima as projeções do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas pelo país) global e do PIB industrial para 2007, na esteira do desempenho demonstrado pelo setor no segundo trimestre do ano.
A demanda externa por produtos de grande peso na pauta de exportações brasileiras (principalmente commodities) e o contínuo aumento da demanda interna ajudam a explicar a expectativa de o Brasil crescer 4,7% neste ano.
A estimativa anterior da CNI, divulgada em julho, era de crescimento do PIB de 4,5%.
A revisão divulgada hoje é a segunda no ano, uma vez que, em janeiro, esperava-se crescimento de 4,2%.
Os técnicos da entidade lembram que o bom momento está presente na maioria dos setores industriais e que um em cada quatro cresce a um ritmo de dois dígitos.
A CNI projeta um crescimento de 4,3% para a indústria de transformação.
A contribuição do segmento para a formação do PIB global deve ser de 0,8 pontos percentuais.
A projeção para a indústria extrativa mineral é de 5%, com uma contribuição de 0,2 pontos percentuais para o PIB global.
O setor da construção civil deverá crescer 4,5%, com uma contribuição de 0,2 pontos percentuais para o PIB global.
Já os serviços industriais de utilidade pública deverão crescer 4,2% ante 2006, contribuindo com 0,2 pontos percentuais para o PIB.