União pede investigação ao TRE Da Editoria de Política, em 26 de setembro de 2006 Comissão de representantes da coligação União por Pernambuco pediu ontem a abertura de investigação eleitoral acerca da suposta tentativa de desvio de verba pública para financiar campanha, que teria sido feita pelo candidato a deputado estadual e presidente afastado do PSB em Pernambuco Milton Coelho.

O grupo pede ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a cassação do registro de candidatura do socialista e do candidato a governador pela legenda, Eduardo Campos, acusando abuso de poder político e econômico, assim como a averiguação das contas de ambos e do partido.

As coligações de que eles fazem parte, a Frente Democrática Popular e a Frente Popular de Pernambuco, também foram alvo da representação.

Os deputados federais e candidatos à reeleição André de Paula (presidente estadual do PFL) e Carlos Eduardo Cadoca (PMDB), além do deputado estadual Augusto Coutinho (PFL), solicitaram ao juiz corregedor do TRE, Carlos Moraes, celeridade no processo.

Uma das principais motivações, segundo André de Paula, é que o PSB insinua uma atuação da União por Pernambuco por trás do caso. “Há muitas denúncias de desvio de conduta ética envolvendo partidos, e quem tem zelo pela própria imagem não pode deixar nem insinuações sem resposta.” Sobre a vinculação do denunciante Saulo Batista – que gravou cerca de 11 horas de conversas que teve com Milton Coelho e a esposa deste, Simone Coelho, supostamente negociando desvio de R$ 1 milhão de projeto de kart no gelo, que seria patrocinado pela Petrobras – com a juventude do PSDB, André de Paula acredita que o fato é irrelevante. “Até onde sei isso não é segredo.

O que queremos é investigação.

Não dá para acreditar que um candidato a deputado tem gravadas 11 horas de conversa com um militante de partido da oposição que não tem o menor crédito.” O deputado Augusto Coutinho – que à noite levou o assunto ao guia eleitoral – ressaltou que a União cobra a identificação do policial federal envolvido no caso, amigo de Milton Coelho.

Segundo o ex-presidente do PSB, o agente da PF o ajudaria a desmascarar Saulo Batista, que supostamente trabalha como representante da empresa responsável por negociar o projeto de kart, a Conceito Consultoria em Eventos Ltda.

Segundo o corregedor do TRE, é impossível terminar o processo antes das eleições.

Os representados terão cinco dias, a partir da notificação, para se defender.

Depois, haverá ouvida de testemunhas e do Ministério Público Eleitoral. “Mas a Justiça fará o máximo para dar celeridade processual”, garantiu Carlos Moraes.

Para investigar possível caixa 2, o magistrado poderá pedir auxílio do Tribunal de Contas.

Hoje, a assessoria jurídica de Mendonça entra na Justiça Comum com ação contra Eduardo, por calúnia.

Alegam que, no domingo, o candidato socialista chamou o PFL de “gangue que tenta fazer da política uma atividade mafiosa” e insinua participação da União no caso.