Da Folha de São Paulo O ministro da Justiça, Tarso Genro, aproveitou a acolhida favorável que teve em Mônaco para alfinetar quem criticou sua viagem ao principado para tratar da extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola. “Não fiquei incomodado com nenhuma crítica.
Vi uma preocupação de alguns colunistas de que [esse caso] fosse atingir o governo anterior.
Mas entendo que era uma preocupação com os seus, o que é natural”, disse o ministro, insinuando que seus críticos eram tucanos. “Mas não é um caso que tenha qualquer natureza política, até porque foi iniciado e julgado no governo anterior.” A quebra do banco Marka foi um dos maiores escândalos do governo Fernando Henrique Cardoso.
O socorro financeiro de R$ 1,6 bilhão, em 1999, foi alvo de uma CPI que culminou na demissão de diretores e na prisão do então presidente do Banco Central, Francisco Lopes.
Ontem, as autoridades monegascas se esforçaram para mostrar que a visita do ministro era importante e nada tinha de inconveniente.
Ao final dos encontros, surgiram para a entrevista o diretor-geral de Serviços Judiciários, Philippe Narmino, Tarso, e a procuradora-geral, Annie Brunet-Fuster, que na sexta-feira havia criticado duramente a viagem.
Brunet-Fuster não disse uma palavra e ficou de cara fechada o tempo todo.
Na primeira oportunidade, deixou a sala onde acontecia a entrevista.
Veja aqui o resumo do caso Marka.