Depois de votar com o governo Lula no Congresso, como no caso da prorrogação da CPMF, o deputado federal Cadoca também estará entrando em uma agremiação da base de governo, atuando como linha auxiliar na Câmara Federal.

A opção cria uma curiosidade instantânea.

Na próxima vinda de Lula ao Estado, por exemplo, Cadoca, vai subir no palanque de Lula?

Será convidado?

Se ocorrer, haverá no mínimo uma situação desconfortável, considerando que o prefeito João Paulo não perderá a oportunidade de estar ao lado do presidente.

Na campanha, depois de já ter trocado vários sopapos na reeleição de João Paulo, Cadoca vai bater na gestão João Paulo?

Vai revidar os ataques que já começou a receber da ala do PT de Humberto Costa, que perdeu a Funasa para o companheiro Cadoca?

No PMDB, o que se diz é não se queria que ele fosse embora e lamentam que Cadoca não tenha criado as condições para apoiar Raul Henry, o candidato das preferências de Jarbas Vasconcelos.

Ninguém diz isto na sua frente, de forma clara, mas a recusa em oferecer-lhe a legenda tem a ver com a sua idade e a necessidade de renovação do PMDB.

O partido diz que precisa de caras novas, como ocorreu com o PSB com Eduardo Campos e o DEM com Mendonça Filho, mesmo com o PT com João da Costa.

O desafio de Cadoca é mostrar que tem viabilidade eleitoral (votos), não tratando-se apenas de recall a sua boa colocação nas pesquisas que fez e faz, e que estão todos errados, menos ele.

O tempo dirá.