A troca do PMDB pelo PSC não deve mudar significativamente a atuação parlamentar do deputado federal Carlos Eduardo Cadoca.

Isso porque as duas legendas, somadas ao PTC, compõem um bloco único dentro da Câmara Federal.

E estão na base aliada do governo Lula no Congresso.

A avaliação é feita pelo próprio Cadoca. “Do ponto de vista do exercício do mandato, não tem muita diferença”, diz. “Ao todo, o bloco tem 106 deputados, sendo 93 do PMDB, 11 do PSC e 2 do PTC”, conta. “Mas não é fácil estar num lugar há tanto tempo, trabalhando há tanto tempo, e tomar a decisão de sair”, admite.

O problema é que, sem espaço para postular a candidatura a prefeito do Recife em 2008 pelo PMDB, só restou a Cadoca a porta de saída.

Ele diz, no entanto, com diplomacia, que ainda não é candidato pelo PSC à prefeitura no próximo ano. “Não estou dizendo que vou ser candidato de todo jeito.

De jeito nenhum.

Vou tentar construir minha candidatura”, afirma. “Se não for possível, a gente apóia outro candidato e vai continuar fazendo política, exercendo o mandato de deputado federal”, explica.

Refundado em 1985, o Partido Social Cristão conta com 26 prefeitos, 25 deputados estaduais e 11 federais - incluindo Cadoca.

Em Pernambuco, a sigla conta com um único prefeito (Antônio Marcos Alexandre, de Ibimirim, no Sertão) e um deputado estadual (Cleiton Collins).

As “três decisões básicas” que devem orientar a ação de seus militantes estão no site da legenda na internet e são derivadas de princípios cristãos: amar a si mesmo, amar ao próximo e amar ao próximo como a si mesmo.

PS: No alto, você ouve a entrevista de Cadoca a Aldo Vilela, da JC/CBN.