A troca do PMDB pelo PSC pode até ter garantido a Cadoca uma legenda para concorrer à Prefeitura do Recife em 2008.
Mas não assegura que sua escolha tenha sido a mais coerente.
Isso porque nem o próprio deputado parece saber exatamente que espaço político ele passa a ocupar a partir de agora.
Cadoca admite, por exemplo, que pode se aproximar de Eduardo Campos, visto que o PSC é aliado do governador.
Ao mesmo tempo, adianta que, num eventual segundo turno nas eleições de 2008, estaria aberto a uma aliança com Mendonça Filho.
Tudo isso sem falar que, no Recife, continua firme como oposição a João Paulo, enquanto está perfeitamente integrado à base aliada do presidente Lula no Congresso.
Haja ginástica para conseguir encaixar todas as peças dessa engrenagem.
Leia alguns trechos da coletiva que ele concedeu nesta terça (25).
GOVERNO E OPOSIÇÃO “O partido (PMDB) decidiu participar do governo de coalisão (com o PT e outras legendas da base aliada).
E eu estou nessa linha (já que o PSC também faz parte deste bloco).
Mas aqui (no Recife) eu não mudo minha posição.
Sou um candidato de oposição, vou construir uma candidatura de oposição.” EDUARDO E O PSC “Formalmente não apóio o Governo do Estado.
Nós vamos discutir internamente os caminhos (no PSC).
Vou abrir a discussão política.
Até porque eu estou chegando para construir uma candidatura que tem características de oposição.” “O processo é que vai definir isso.
Eu estou falando em recomeçar.
Eu tinha uma proposta com o PMDB.
Evidentemente que agora é diferente, do ponto de vista da articulação política.” ALIADOS EM 2008 “Com o PP está bem adiantado.
Hoje eu tenho assegurados mais de 3 minutos (no guia eleitoral da TV).
Mas vou tentar agregar pelo menos mais 2 partidos.” “Eu estou aberto a todos (inclusive ao Democrata Mendonça).
O processo é que vai definir.
Em sendo candidato, a meta é chegar no 2º turno.
Acho que vamos ter um leque amplo, estou calculando entre 6 e 8 candidatos.” PS: Nos posts mais abaixo, a cobertura completa sobre a saída de Cadoca do PMDB.