O deputado federal Carlos Eduardo Cadoca não encara a sua saída do PMDB, depois de 34 anos, como um rompimento com Jarbas Vasconcelos - embora sua última conversa com o senador tenha acontecido em fevereiro. “Eu estou separando as coisas.

Nós temos avaliações diferentes do quadro nacional, do PMDB, do papel do PMDB.

E já tivemos tantas coincidências, tantas idéias convergentes.

Mas há momentos em que elas não coincidem.

Como hoje”, disse, em entrevista coletiva na manhã desta terça (25), quando também anunciou seu ingresso no PSC.

Sobre a candidatura a prefeito do Recife em 2008, o deputado garante que não era uma condição inegociável para permanecer no partido. “Eu era candidato a prefeito em 96.

Eu e (João) Braga.

E no dia em que eu fui conversar com Jarbas e ele disse que o candidato dele era Roberto Magalhães e me ofereceu um argumento irrefutável, que era a consolidação da aliança, eu desisti na hora”, lembrou.

Cadoca destacou ainda o processo de escolha do candidato em 2004 para reafirmar que, no momento, está faltando discussão interna no PMDB. “Foram dois meses só.

As pesquisas eram tão evidentes, a diferença era tão grande, que o PMDB se rendeu rapidamente.

Agora não.

Eu não sei realmente o que houve intermanente.

O natural seria que tivéssemos tido espaço para discutir”, lamentou.

PORTA ABERTA Pelo que disse na entrevista desta terça, o deputado também não parece encarar a saída do PMDB como definitiva. “Eu saí do partido por não ter condições de aturar politicamente.

Mas estou partindo agora para uma outra agremiação que está vinculada ao PMDB nacional”, avaliou. “Eu mantenho as melhores relações com o PMDB nacional, a direção nacional foi informada de todos os meus passos.

Eu não fiz nada sem discutir com Michel (Temer, presidente nacional da legenda), sem discutir com o líder Henrique Alves”.

PS: Leia mais abaixo todos os posts que já publicamos sobre a saída de Cadoca do PMDB e sua entrada PSC.