De janeiro a agosto de 2007, a Polícia Civil investigou 509 casos de homicídio ocorridos no Recife.

Deste total, 125 foram considerados bem apurados e se transformaram em processos criminais.

Os demais foram devolvidos à polícia para trabalhos complementares.

Esses números revelam que a Polícia Civil apurou 70% dos 713 assassinatos ocorridos no Recife no período. É uma marca considerável, tendo em vista que em 2006, no mesmo período, apenas 33% dos casos foram apurados.

No entanto, mesmo com uma produtividade menor, a efetividade, o que significa mais denúncias oferecidas, foi maior (158) no ano passado.

Para o gerente do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Joel Venâncio, o menor número de denúncias oferecidas este ano não quer dizer, necessariamente, uma queda na qualidade dos inquéritos ou um trabalho pior da Polícia Civil.

Segundo Venâncio, este ano a maioria dos casos investigados pelo DHPP tinha mais de um indiciado e vários grupos de extermínio foram desarticulados. “Podemos estar sendo mais eficientes à medida que prendemos mais pessoas em uma mesma investigação e esses indiciados eram responsáveis por um grande número de crimes”, ponderou o delegado.

Venâncio disse, ainda, que o número de inquéritos de homicídios concluídos deve aumentar a partir do mês que vem, quando o DHPP recebe um novo prédio.

O edifício de quatro andares fica na Avenida Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife, e sediará, além dos núcleos do departamento, três Forças-Tarefas e a perícia criminal. “Vamos ter uma força-tarefa para a capital, uma para a Região Metropolitana Norte e outra para a Região Metropolitana Sul.

Com isso, obteremos uma melhor informação sobre os responsáveis pelos crimes logo no registro das ocorrências”, finalizou o gerente do DHPP.

A transferência para o prédio da Imbiribeira ainda não tem data marcada.

Será preciso adaptar as salas existentes e construir uma carceragem antes do DHPP deixar a atual sede, na Rua 48, Espinheiro, Zona Norte. (Por Eduardo Machado, da editoria de Cidades do JC)