Da Folha de S.
Paulo O Ministério Público Federal denunciou ontem (sexta, 21) à Justiça o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE).
Conforme a denúncia, entre 2002 e 2003, Severino cobrou R$ 137,5 mil do empresário Sebastião Buani em troca de manter autorização para explorar um restaurante na Casa.
A procuradora Lívia Nascimento Tinôco, do Ministério Público Federal em Brasília, acusa Severino de ter recebido indevidamente R$ 117,5 mil.
Como fez a exigência em três ocasiões, foi enquadrado por três vezes no crime de concussão (extorsão de servidor no exercício de suas funções).
Se condenado, a pena pode chegar a 24 anos de prisão.
Em 21 de setembro de 2005, renunciou à presidência da Câmara e ao mandato para escapar de processo de cassação.
No discurso de renúncia, apresentou-se como vítima de “empobrecimento ilícito”.
Disse que caiu porque lutou contra “os donos do Congresso”, e que provaria sua inocência.
Severino decidiu renunciar para manter os direitos políticos e tentar voltar à Casa.
Candidato em 2006, não se reelegeu.
Descoberto durante investigações do mensalão nacional, o caso ficou conhecido como “mensalinho”.
Severino não foi localizado ontem para se pronunciar sobre o assunto.