A guerra fiscal é a única alternativa que os estados do Nordeste têm para atrair investimentos e se desenvolver, na opinião da governadora do Rio Grande do Norte, Wilma Maria de Faria (PSB).

Leia o que ela disse sobre o assunto ao site de notícias G1.

Governadores nordestinos defendem que a renúncia fiscal deve ser assumida pela União e não pelos estados.

A senhora acredita que a chamada guerra fiscal só irá acabar se o governo federal bancar renúncias fiscais?

Wilma de Faria - O governo federal quer que a gente acabe com a guerra fiscal antes de fazer a reforma tributária, mas nós não concordamos.

Ninguém concorda, é uma unanimidade no Nordeste.

Enquanto não houver uma política regional definida para a região Nordeste, com uma definição de como será essa reforma tributária, com a repartição de recursos para as unidades da federação, nós não vamos aceitar.

G1 - Sem guerra fiscal, a sra. acredita que os investimentos no Nordeste vão diminuir?

Wilma - Diminui com certeza.

Só nos restou a guerra fiscal.

Nós temos hoje um Sul e Sudeste industrializados e um Norte e Nordeste lutando para mudar a história.

Nós temos 30% da população, mas só participamos com 14% do PIB.

Isso precisa mudar, e a gente está mudando.

A gente está crescendo mais que o crescimento do país, mas ainda tem muito caminho, muita estrada, para a gente chegar lá.

G1 - Na sua avaliação, a guerra fiscal é a única alternativa do Nordeste para crescer?

Wilma - Pelo atual sistema tributário existente hoje, vigente hoje, e pelas cidades industriais que nós temos hoje nas regiões Sul e Sudeste, o Nordeste, sem a guerra fiscal, se acaba.

Não tem como.