População liga caso Renan ao governo Da editoria de Política do JC BRASÍLIA – Apesar do esforço dos integrantes da base aliada do Palácio do Planalto de afastar a crise política no Congresso Nacional do governo, uma pesquisa realizada pelo Ibope, a pedido da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), aponta que os entrevistados ouvidos associam o episódio envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao noticiário relativo ao governo federal.
A associação espontânea ocorre quanto questionados sobre as principais notícias que envolvem a administração federal.
A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 18 de setembro, com 2.002 pessoas de 142 municípios do país.
A margem de erro é dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa não entrou em detalhes sobre as acusações de quebra de decoro que pesam contra Renan nem tratou de questões sobre a discussão do assunto no Senado.
A única questão em que o senador é citado é quando se questiona: (Quais) As principais notícias sobre o governo do presidente Lula nas últimas semanas?
A notícia mais apontada pelos entrevistados foi a relativa ao caso Renan, com 34%, seguida da crise dos aeroportos, com 9%, das viagens do presidente Lula, com 7%, e das denúncias contra os acusados de envolvimento no esquema do mensalão, com 6%.
O levantamento também apontou que, apesar de se manter elevada, a avaliação positiva do governo apresentou leve queda na última pesquisa CNI/Ibope.
Em setembro, 48% entrevistados disseram considerar o governo ótimo e bom, contra 50% na pesquisa de junho.
O percentual dos que consideram o governo regular subiu de 32% para 33%, enquanto o dos que consideram o governo ruim e péssimo subiu de 16% em junho para 18% em setembro.
Ainda de acordo com a pesquisa CNI/Ibope, a aprovação à maneira de o presidente Lula governar recuou 3 pontos porcentuais, de 66% para 63%.
A desaprovação ao presidente, por sua vez, subiu de 30% para 33% de junho para setembro.
A nota média para o governo Lula caiu de 6,7 para 6,6 e a confiança no presidente recuou de 61% para 60%.
Entre os entrevistados, 37% disseram que não confiam no presidente ante 35% no levantamento anterior.