Depois de ter o carro incendiado dentro da própria casa, em fevereiro, sem que até hoje a polícia tenha descoberto os criminosos que praticaram o atentado, a correspondente do jornal O Globo, no Recife, Letícia Lins, filha do escritor Osman Lins, foi vítima nesta tarde de outra tentativa de extorsão.

Desta feita, pelo telefone, com ameaças de seqüestro relâmpago de familiares.

Misterioramente, os marginais sabiam o apelido da filha de Letícia, juiza federal.

A jornalista Letícia Lins que teve seu carro queimado dentro da garagem de casa, no bairro de Apipucos, no Recife, no sábado de Carnaval.

Os bandidos também deixaram um bilhete que orientava para que uma determinada quantia em dinheiro fosse deixada em um local sugerido até o dia seguinte, caso contrário a jornalista ou sua família sofreriam as conseqüências.

Agora, os marginais pediam R$ 20 mil de resgate.

Apavorada, a jornalista passou uma hora e meia negociando o resgate, apavorada, sob ameaça de morte da familiar. “É uma verdadeira tortura psicológica.

Eles tentam nos extorquir até onde der”.

Como nenhum centavo foi depositado em conta bancária informada pelos meliantes, a polícia disse à jornalista que seria difícil rastrear os membros da quadrilha, que usaria prisões do Ceará e Rio de Janeiro para praticar a nova modalidade de crime.

Nem em casa a pessoa tem mais tranqüilidade hoje em dia.

O palácio do Governo tomou conhecimento do episódio e escalou o delegado Antônio de Barros para apurar o caso.

Na próxima segunda-feira, Letícia Lins presta queixa por tentativa de extorsão.

Em fevereiro, o delegado Francisco Rodrigues, titular de Narcotráficos, foi designado para investigar um possível atentado.

Até hoje, nada.