A deputada Teresa Leitão, do PT, não gostou que o secretário de Educação, Danilo Cabral, do PSB, tenha divulgado o diagnóstico da necessidade de professores no Estado antes de apresentá-lo ao Ministério Público e a própria Assembléia Legislativa. “Ele preciptou-se.
O diagnóstico é resultado das negociações entre o MP e a AL”, afirmou. “O que aconteceu foi o efeito reportagem”, declarou.
Na terça-feira, o secretário convocou a imprensa para anunciar a realização de concurso para 1,7 mil professores em 2008.
Outros cerca de 700 concursados já serão chamados até o final do ano.
O dado mais alarmante, apesar de inexplorado pelos jornais, no entanto, foi o pagamento de 138 mil horas/aula aos professores sem contraprestação nas salas de aula, uma das causas para que ocorresse falta de professores nas escolas, de acordo com o estudo oficial.
O gasto com essas horas/aula chegava a R$ 48 milhões por ano, soma colossal.
No dia 04 de outubro, haverá uma audiência pública na Comissão de Educação, para debater o diagnóstico.
Além do secretários, estão convidados o sindicato e o movimento de professores concursados da área de educação.
Tereza Leitão criticou justamente o levantamento eletrônico da folha de ponto (que detectou as horas/aula no montante de R$ 48 milhões). “Da forma como foi colocado, acabamos demonizando o professor.
Não se pode vitimizar o professor, mas também não se pode demonizá-lo.
Em tese, o que está colocado (no relatório) está correto, mas precisamos debulhar (detalhar) mais as informações”, explicou-se, lembrando os tempos em que era presidente do Sindicato dos Professores do Estado.