Do site da OAB OAB-PE: presidente da AL é uma cópia de Renan Calheiros Recife, 20/09/2007 – Incomodado com a campanha deflagrada pela Seccional de Pernambuco da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) pelo fim do nepotismo no serviço público pernambucano, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Guilherme Uchoa (PDT), vem promovendo uma campanha de difamação contra o presidente da Seccional e contra a própria entidade dos advogados.

Jayme Asfora classificou como covardes as acusações feitas contra ele da tribuna da Assembléia Legislativa pelo presidente da Casa. “O presidente queria me descredenciar, me intimidar”, disse Asfora.

Ele assistiu das galerias à sessão em que a Assembléia aprovou o projeto do governo do Estado acabando com o nepotismo no Executivo estadual.

O discurso de Uchoa foi uma reação às declarações de Asfora, que se uniu a várias entidades no combate ao nepotismo.

O presidente da OAB-PE criticou duramente o que chamou de atitude arbitrária e anti-democrática do presidente da Assembléia na remoção de manifestantes que protestavam contra o nepotismo na tarde da última terça-feira.

Asfora chegou a comparar Guilherme Uchoa a Renan Calheiros, presidente do Senado Federal.

Disse que o deputado usa a estrutura da Assembléia como se a Casa fosse sua propriedade, do mesmo modo que Renan estaria agindo na presidência do Senado. “Tem também o deboche.

Ele fica rindo da questão, do mesmo jeito que Renan faz quando é acusado de alguma coisa”, disparou.

O presidente da OAB-PE garantiu que vai continuar combatendo a contratação de parentes no serviço público do estado. “Uchoa não tem argumentos para defender o nepotismo.

Mostra despreparo jurídico sobre o assunto quando afirma que o Código Civil impede o fim dessa prática.

O debate é administrativo-constiticional.

Não tem nada a ver com o Código Civil.

Isso é uma vergonha para quem já passou pelo Judiciário.

Não sei onde termina a ignorância e começa a má fé”, afirmou Asfora.

Sobre as denúncias feitas pelo deputado de demissões na OAB, Jayme Asfora sustenta que elas renderam uma economia mensal de R$ 50 mil para a entidade.- cujo déficit em caixa chega a R$ 7 milhões.

Ele admitiu que exerce a presidência da OAB com licença remurenada do Estado.

E argumentou que isso nada tem de ilegal.

Segundo Asfora, que é procurador do Estado, a lei complementar estadual 82/05 determina que qualquer servidor estadual concursado pode se licenciar para atuar em entidade de classe.

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