De um lado, uma grupo de padres e freiras aplaudia o arcebispo de Olinda e Recife, D.

José Cardoso Sobrinho.

Do outro, cerca de 50 leigos católicos, munidos de faixas e cantando músicas religiosas, pediam a sua saída da arquidiocese.

Este foi o cenário instalado na tarde desta quinta (20), no Juizado Especial Criminal do Fórum Universitário do Recife, na Boa Vista, centro da capital, onde o arcebispo responde a processo por calúnia, injúria e difamação.

Os 50 fiéis, todos da paróquia de Água Fria, na Zona Norte, apoiavam a dona de casa Ivânia Olímpio de Almeida - responsável pela acusação contra o arcebispo - e o padre João Carlos Santana.

Os dois compareceram à audiência.

D.

José determinou o afastamento do padre João Carlos da paróquia de Água Fria, baseado em uma denúncia anônima dando conta de que o pároco e a dona de casa Ivânia de Almeida mantinham um relacionamento amoroso.

O padre recorreu da decisão ao Vaticano, mas o recurso ainda não tem previsão para ser julgado.

A dona de casa resolveu processar o arcebispo.

Na audiência desta quinta, o juiz Évio Marques da Silva acatou solicitação da defesa e pedirá a transferência do processo para a Justiça comum.

Os depoimentos foram adiados. “Cumpri o meu dever, seguindo as leis da Igreja.

Estou com a consciência tranqüila”, disse dom José, enquanto os manifestantes gritavam o nome de D.

Helder.