O Índice de Preços ao Consumidor (Custo de Vida) na cidade do Recife registrou em agosto de 2007 um crescimento percentual da ordem de (0,89%) contra (0,11%) computado em julho próximo passado e (0,61%) em agosto de 2006.

Este valor reflete uma intensificação do processo inflacionário observado no município do Recife, revertendo uma tendência de redução da inflação observada nos últimos dois meses.

Em termos anuais, no período de setembro/2006 a agosto/2007 o IPC Recife registrou variação acumulada de (9,23%) contra um aumento relativo de (5,72%) observado nos doze meses anteriores setem-bro/2005 a agosto/2006 e (8,92%) no período de agosto/2006 a julho/2007.

A variação percentual acumulada do IPC Recife a partir do período correspondente à implantação do Plano Real (julho/1994 a agosto/2007) é da ordem de (372,05%).

Já, se observado o período após a implantação do regime de metas inflacionárias (janeiro/1999 a agosto/2007) o resultado é de (116,87%).

Analisando o comportamento dos sete grupos componentes do Índice de Preços ao Consumidor na cidade do Recife, observou-se que o grupo ALIMENTAÇÃO E BEBIDAS, responsável por 37% do Orçamento Familiar, registrou a maior variação percentual do mês de agosto (1,55%), sendo responsável por 0,57 pontos percentuais do índice do mês.

No acumulado dos últimos 12 meses o item alimentação apresenta elevação de preços de (5,12%) correspondendo a um impacto de 1,89 p.p. da inflação acumulada.

Isto indica que, mesmo sendo o item mais importante na cesta de consumo e tendo apresentado a maior alta no mês de agosto, a alimentação ainda não é o principal motivo da inflação acumulada em Recife.

Dentre os itens de alimentação, a maior contribuição para a inflação de agosto foi do leite e seus derivados.

Este item apresentou alta de (9,3%), correspondendo a 0,28 p.p. do índice mensal.

Este já é o terceiro mês consecutivo de aumentos deste item.

Como o movimento de aumentos ao produtor estabilizou neste mês espera-se que para os próximos meses as elevações deste grupo de produtos não sejam tão intensas, mas permanecendo a tendência de subir acima da média histórica.

O segundo item mais importante para a inflação de alimentos foi o de panificados (3,32%) representando 0,14 p.p. da inflação do mês.

Este fato deveu-se à forte elevação do trigo, provocada pela drástica redução da oferta internacional deste produto.

O preço pago aos produtores rurais na região sul elevou-se em 40%, o que leva à conclusão que o movimento de alta neste grupo de bens está apenas se iniciando, devendo manter esta tendência para o próximo mês.

Completa a lista dos produtos que mais elevaram a inflação de alimentos, as carnes, com (1,74%) representando 0,07 p.p e os tubérculos, raízes e legumes com (5,15%).