Da Folha Online O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que nenhum partido conseguiria mais governar o país sem a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

O Planalto tenta, por meio da base aliada, votar ainda hoje na Câmara dos Deputados a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prorroga a cobrança da CPMF até 2011 e mantém a alíquota de 0,38%. “Nenhum governo, do PMDB, do PSDB, do PT ou do PFL [ATUAL DEM]ou de qualquer outro partido conseguiria governar [O PAÍS]sem a CPMF”, disse Lula hoje ao participar da cerimônia de lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Funasa.

Num recado para a oposição, que tenta impedir a votação da PEC, Lula afirmou que somente os “sem juízo” podem querer abrir mão da CPMF. “Qualquer pessoa de juízo, a não ser os que querem inviabilizar o país, sabe que não poderia abrir mão da CPMF.” No sábado, Lula admitiu que já foi contrário à cobrança da CPMF quando o PT era um partido de oposição.

Em Madri, Lula afirmou que considerava normal a tentativa da oposição de barrar a prorrogação da cobrança do chamado imposto do cheque. “Eles estão fazendo o papel deles, o [MESMO]que eu fazia quando não era governo.

Eu fui no Congresso pedir para barrar a [CRIAÇÃO]CPMF”, disse o presidente no sábado, segundo a “Agência Brasil”.

Afago Lula aproveitou o evento de hoje para elogiar os parlamentares.

O governo precisará do apoio da base aliada para votar a PEC da CPMF. “Já foi provado que Congresso consegue melhorar muitos projetos enviados pelo governo.” O Planalto trabalha para aprovar a PEC sem alterações no Congresso.

Mantida a alíquota de 0,38%, a cobrança da CPMF deve render aos cofres públicos cerca de R$ 39 bilhões no próximo ano.

Para ser aprovada, a PEC da CPMF precisa ser votada em dois turnos da Câmara.

Em cada um dos turnos, precisa de 308 votos favoráveis.

O intervalo entre a primeira e a segunda votação é de cinco sessões.

Da Câmara, a PEC segue para o Senado –onde também precisa ser aprovada em dois turnos.