O deputado Sílvio Costa Filho (PMN) marcou um ponto importante no final da sessão em que a Assembléia Legislativa aprovou o fim do nepotismo no Executivo.
Diante da saraivada de críticas que a Assembléia vem recebendo por resistir a pôr um ponto final na nomeação de parentes pelos deputados, o Silvio propôs ao presidente Guilherme Uchoa (PDT) que faça uma reunião com o colégio de líderes da Casa a fim de elaborar um projeto de consenso proibindo o nepotismo também no Legislativo.
Como Uchoa, apesar de nepotista assumido, sempre diz que se curva à vontade de seus colegas parlamentares, a idéia tem chances de prosperar. “Vou consultar os outros integrantes da Mesa Diretora e, se eles concordarem, faremos a reunião com os líderes na segunda”, concedeu o presidente.
O pedetista se agarra a motivos muito frágeis para continuar defendendo que a Assembléia espere a definição da Câmara Federal sobre o assunto.
Segundo ele, há cerca de dois meses, as Assembléias Legislativas de 18 Estados firmaram um acordo, em uma reunião em Brasília, para que só discutissem o fim do nepotismo depois da Câmara. “Um acordo tem que ser mantido”, explicou o presidente.
E ponto final.
Uchoa também disse que não tem medo nem acha que sua imagem esteja desgastada por conta de sua fedesa do nepotismo. “Eu já passei pelos três Poderes.
Fui juiz, assumi o governo do Estado por alguns dias e sou deputado.
Imagina que imagem ruim”, afirmou. É verdade, presidente.
Com tantos cargos, pompa e circunstância no currículo, para quê se preocupar com o que o povo pensa do senhor?
Chegou onde chegou sempre com muita coerência, como lembraram inúmeros deputados na sessão desta tarde na Assembléia Legislativa.
Oposicionistas e governistas.
Esquerda, direita e centro.