Conforme o Blog de Jamildo antecipou, ainda ontem (terça,18), o projeto de lei antinepostismo do Executivo foi colocado em votação na Assembléia Legislativa na tarde desta quarta (19) e aprovado, por unanimidade, com 40 votos favoráveis.
Outros nove deputados não compareceram à sessão.
Em um Brasil em que o 40 vem sendo associado a mazelas (mensalão, absolvição de Renan Calheiros), trata-de de uma feliz coincidência.
Guilherme Uchôa, pelo que se viu, não mudou um milímetro em sua posição, afastando a discussão no âmbito do Legislativo.
Por acaso, tem um filho empregado no próprio gabinete.
Na sessão, a deputada Terezinha Nunes, do PSDB, disse que mais cedo do que se imagina a Casa vai pôr fim ao nepotismo.
O TCE já o fez.
Agora o Executivo está autorizado a fazê-lo.
Numa visível ironia, ela disse que os parlamentares iriam esperar que o próprio presidente da Assembléia ouvisse o pedido das ruas e apresentasse um projeto neste sentido. “Sinta-se à vontade.
Pode apresentar, deputada”, exclamou Uchôa, visivelmente contrariado.
No final da sessão, os demitidos da OAB já haviam se retirado das galerias, deixando para trás o presidente da seccional Pernambuco da Ordem, Jayme Asfora, que assistiu os debates e a votação até o final.
Em aparte a Guilherme Uchôa, o deputado André Campos, do PT, chegou a criticar Asfora e também os funcionários demitidos da OAB por estarem levando questões internas da Ordem para a Assembléia Legislativa.
Mas vale perguntar: a presença de ex-funcionários da OAB, justamente no dia em que seria votado o projeto antinepotismo, não seria uma manobra de algum desafeto de Jayme Asfora, na própria Assembléia?
Com informações do intrépido repórter Sílvio Burle, deste Blog.