Por Isaltino Nascimento A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada na última sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra como a política do governo Lula vem propiciando avanços significativos no País.

Os dados, referentes a 2006, apontam melhorias na educação, expectativa de vida e renda dos brasileiros.

Observemos os dados do IBGE.

A taxa de escolarização foi recorde.

No referido ano, 96,7% das crianças com idade entre 7 e 14 anos estavam na escola.

E não foi só isso.

O número de estudantes com idade entre 5 e 6 anos aumentou em 3%, resultado direto da lei que obriga meninos e meninas a entrarem um ano mais cedo na escola.

O que deve continuar crescendo, já que o prazo para implementar esta obrigatoriedade vai até 2010.

A pesquisa também verificou aumento da população mais velha - devido ao crescimento da expectativa de vida - e redução da mais jovem.

Também que os brasileiros estão tendo menos filhos: a média caiu de 2,1 filhos por mulher em 2005 para 2 em 2006.

No ano passado, também tivemos um Brasil menos desigual, fato influenciado, segundo o instituto, pelo aumento de 13,3% no salário mínimo.

A renda média real da população teve recuperação de 7,2%, a maior desde 1995, beneficiando principalmente aqueles que ganhavam menos.

E vale destacar: o maior aumento no rendimento médio real do trabalho apurado em 2006 ante 2005 ocorreu no Nordeste (12,1%) e no Norte (7,1%).

Poderíamos aqui destacar uma série de outros avanços, registrados ao longo destes quase cinco anos de governo Lula.

Mas o que quero ressaltar aqui é que o presidente petista vem, ano após ano, frustrando as expectativas daqueles que tinham “medo” e apostavam na “incapacidade” de Luiz Inácio Lula da Silva.

Pois bem, o tempo passou e estamos vendo o Nordeste - região sistematicamente esquecida pelos governos - ter seu lugar de protagonista na história desde a eleição do pernambucano para a Presidência.

Graças à consolidação de uma nova visão política, que deixou de privilegiar a oligarquia rural, e as elites urbanas e políticas, que por séculos se alimentaram da desigualdade.

Desigualdade que vem caindo, segundo a mesma pesquisa do IBGE.

O índice Gini (indicador internacional de desigualdade que vai de 0 a 1) vem sendo reduzido desde 1993 e no ano passado recuou mais 0,003, indo para 0,541.

O número pode parecer pequeno, mas mostra consistência na melhora das diferenças de renda da população.

O que se traduz em mais crianças na escola, mais jovens no ensino técnico e nas universidades, mais trabalhadores com carteira assinada, maior número de contribuintes da Previdência Social, maior consumo e, conseqüentemente, maior riqueza para o Brasil.

Neste novo contexto, repito, Nordeste e Norte passaram a ter outro papel, com instituições públicas como o BNDES, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Caixa Econômica e Petrobrás passando a servir à sociedade e não a grupos patrimonialistas.

Testemunhando investimentos em áreas estratégicas para o crescimento, abertura de acesso à formação superior aos mais pobres e geração de mais empregos.

Pernambuco, agora, está inserido neste cenário promissor.

Capitaneado pelo governador Eduardo Campos - que demonstra habilidade em otimizar as ações do governo Lula -, o Estado está caminhando para recuperar lugar de destaque na economia do País.

Ações não faltam.

O início das obras da Refinaria Abreu e Lima, do Estaleiro, da Hemobras, com perspectiva de geração de milhares de empregos, e a atração de novos investimentos para o Estado, como a fábrica da Perdigão, em Bom Conselho, no Agreste, são bons exemplos.

Sem falar no fechamento do acordo com a Caixa Econômica, que pôs fim ao impasse gerado pela dívida contraída pela Compesa com a instituição financeira desde 1999, e viabiliza a celeridade na execução das obras de saneamento e habitação do PAC.

Aos críticos, aos descrentes, aos que apostam na política do “quanto pior melhor”, ignorando os anseios da população pernambucana, não há melhor exemplo que os resultados expressivos do governo Lula.

Como o próprio presidente costuma repetir, ainda estamos longe do País (e do Pernambuco) que sonhamos, mas trabalhamos por isso.

PS: Isaltino Nascimento é deputado estadual pelo PT e líder do governo na Assembléia Legislativa.

Escreve todas as terças-feiras no Blog de Jamildo, além do Isaltinopt.com.br