Acompanhado da mulher Roberta Ramos e do filho Vítor, de 8 meses, o deputado Paulo Rubem disse nessa segunda (17), ao anunciar sua desfiliação do PT, que sai do partido sem ressentimentos. “Não estou triste com a saída”, contou. “Em nenhum momento traí nem fiz algo que contariasse o programa do partido”.

Ele também afirmou que não se sente traído, embora mantenha a posição crítica em relação a atitudes tomadas nos últimos anos por integrantes de peso dentro da legenda.

Para ele, é o próprio PT ou os partidos aliados que, com suas trapalhadas, têm municiado os oposicionistas. “Me apontem uma denúncia feita pela oposição que não tenha saído de decisões tomadas dentro do PT ou da sua base aliada”.

Paulo Rubem lembrou o caso do dossiêgate que, esta semana, fez aniversário.

Em setembro do ano passado, durante a campanha eleitoral, pessoas próximas ao presidente Lula envolveram-se na divulgação de um dossiê fajuto para tentar ligar o então candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, à máfia dos sanguessugas - especializada na venda superfaturada de ambulâncias para o poder público.

O objetivo seria beneficiar o candidato do PT, o senador Aluísio Mercadante.

Mas o episódio acabou se refletindo na campanha presidencial.

Lula, que tinha a reeleição praticamente garantida ainda no primeiro turno, teve de disputar o segundo round contra o tucano Geraldo Alckmin. “O PT ainda tem o charme de ser diferente.

Tem muita gente do partido ainda apegada às fotografias”, bateu.