Prefeito João Paulo afirma que sinalização de segundo turno fará a União radicalizar ainda mais a campanha Por Ayrton Maciel, na editoria de Política do JC O prefeito do Recife e coordenador da campanha de Humberto Costa (PT) ao governo do Estado, João Paulo, afirmou, ontem à noite, que foi acesa “a luz amarela de alerta” no Palácio do Campo das Princesas, diante do crescimento do ex-ministro da Saúde em pesquisas, e advertiu para a possibilidade de novos ataques da União por Pernambuco com denúncias e acusações a Humberto.

O prefeito acusou a aliança governista, sem identificar nomes, de estar “tentando radicalizar a campanha” para reverter a tendência e evitar o segundo turno. “A luz vermelha (analogia ao PT) começa a brilhar cada vez mais forte.

O segundo turno é irreversível e o desespero leva aos ataques, como sempre fez a direita”, provocou João Paulo.

Ao final de uma passeata de mulheres – em sua maioria petistas – com Humberto e o candidato ao Senado, Luciano Siqueira (PCdoB), discursos uníssonos da frente Melhor pra Pernambuco ressaltaram a força da militância do PT, tratada como o grande diferencial nas campanhas. “Nesses 15 dias, vamos incendiar esta cidade e este Estado”, convocou Humberto.

Diante da multidão feminina, na Praça da Independëncia, Humberto prometeu, se eleito, criar um órgão para gerar políticas públicas para as mulheres, que ficaria ligado diretamente ao seu gabinete.

No encerramento, Humberto não quis mais falar sobre a acusação que fez, quinta-feira passada, de que o delegado da Polícia Federal que o indiciou no inquérito dos vampiros, Marcelo Moselli, foi pressionado pelo procurador Gustavo Pessanha a incluí-lo na acusação, voltando a insinuar assim interesse político na iniciativa. “Não vou falar sobre o assunto.

Está morto.

Vou me defender na Justiça”, disse, reafirmando a convicção de que será denunciado pelo procurador.

Na Procuradoria da República do Distrito Federal, o procurador Gustavo Pessanha avisou, por sua assessoria de imprensa, que “não ia se pronunciar sobre o fato (a acusação de Humberto)”, orientando a reportagem a procurar o delegado para esclarecimentos.

Na Polícia Federal, a assessoria revelou ser difícil o contato com o delegado, uma vez que a instituição estava envolvida ontem com a operação de prisão de envolvidos no caso das sanguessugas.

O petista irritou-se ao comentar a tentativa dos advogados da União Por Pernambuco de barrar novas críticas à segurança pública no guia eleitoral. “Eles tentam calar nossas críticas administrativas,. mas para me acusar e tentar me humilhar, pode”, afirmou, classificando os integrantes da União de “ditadores”.