O diagnóstico da Secretaria de Educação mostra que eram pagas e não eram dadas 138 mil horas/aula por ano, valor que monta os R$ 48 milhões por ano na folha de pagamento.

Como se chegou a esse número?

Fazendo uma auditoria na folha de pessoal, com gestão.

De acordo com a Secretaria de Educação, o Estado ‘comprava’ dos professores 758 mil horas/aula.

No entanto, de fato, a Secretaria de Educação recebia, de fato, 622 mil horas/aula. “Estávamos pagando mais aulas do que efetivamente foram dadas”, informou a Secretaria de Educação.

Conforme o estudo, se todas as aulas forem dadas, mesmo assim são necessárias apenas 722 mil horas/aula.

O número gigantesco ajuda a entender porque o governador Eduardo Campos andou criticando publicamente, até mesmo em entrevista ao Valor Econômico, de São Paulo, os professores que não davam aula.

Um profisssional que estava contratado para dar 200 horas-aula, por exemplo, só cumpria, efetivamente, metade, 100 horas-aula.

Faltava assim professor.

O número menor de professores no diagnóstico foi obtido com a realização de um laboratório na gerência regional Norte da Secretaria de Educação, com 27 escolas.

Em vez de contratar mais de 300 professores, o governo constatou que precisava de apenas seis. É que muitos professores estavam recebendo horas-aula, mas não estavam dando a aula efetivamente paga, ou por falta de tempo ou porque estavam desviados de suas funções, trabalhando em pesquisa, por exemplo.