Na sessão do Senado desta tarde, o senador Jarbas Vasconcelos pediu a divulgação dos nomes dos senadores que deram perdão a Renan Calheiros, na semana passada. “Devemos ir mais além.

A Casa se encontra completamente desmoralizada.

O tempo em que vai se recuperar eu não imagino, eu não consigo vislumbrar o tempo de recuperação do Senado.

Seria importante, já que a esta altura é público e notório, sobretudo através da *Folha de S.

Paulo*, que mais de 40 Senadores votaram a favor da punição do Senador Renan Calheiros, e isso, evidentemente, cada vez – contra a punição – ajuda esse caldo, essa coisa de o Congresso ficar exposto e uma Casa de mentirosos.

Há que se buscar, não apenas através do Jurídico aqui do Senado, uma fórmula de se quebrar esse sigilo e ver a votação de quarta-feira próxima passada.

Para isso, há o Supremo”, defendeu. “É importante também, a partir de agora, vermos como descobrir esses votos.

Se aquela sessão se tornou algo ridículo em todo o País, há uma cobrança generalizada em cima dos Deputados – e o Senado está nivelado por baixo, ninguém quer saber quem foi que votou contra ou a favor, quer saber que a maioria nesta Casa votou pela absolvição, ou seja, entendeu que o Presidente desta Casa, em momento algum, quebrou o decoro parlamentar”.

Uma das saídas poderia ser o STF para dar legalidade à medida. “Penso que tem-se de pensar em advogados para isso.

Muitas vezes, acho que uma Casa do Congresso não deve ir contra a outra na Justiça, mas entendo que, neste momento, a gente deve buscar também, junto de todas essas medidas anunciadas de pauta seletiva, de uma reforma profunda do Regimento da Casa, de extinção de voto fechado, de sessão fechada, de punição, de afastamento de membros da Mesa, quando encaminhados ao Conselho de Ética, o próprio Regimento do Conselho de Ética, tudo isso é muito salutar”. “Não é quebrar pela força – mas sim usando meios legais – e, aí, sim, quebrar esse sigilo vergonhoso para que a gente possa, inclusive, enfrentar os mentirosos: aqueles que, após a votação – e essa votação hoje já vai mais de 40 – disseram publicamente que votaram de um jeito e votaram de outro”.