Da Agência Folha O site do Senado é o primeiro a aparecer quando se digita “vergonha nacional” na maior ferramenta de buscas da rede, o Google.

Se o internauta clicar na opção “Estou Com Sorte” em vez de “Buscar”, cai direto na página do Senado Federal.

Utilizada em protesto contra a absolvição de Renan Calheiros, a manobra se chama “Google bomb” (ou bomba do Google).

Trata-se de uma investida para influenciar a classificação de certas páginas nos resultados do Google.

Na maioria das vezes, a ação é feita com fins políticos ou humorísticos por blogueiros.

A técnica funciona quando um grande número de páginas com determinadas palavras (“vergonha nacional”, por exemplo) dão links para o site escolhido (neste caso, o do Senado).

Em sessão secreta, o plenário do Senado absolveu na semana passada Renan da acusação de quebra de decoro.

Ele foi absolvido com 40 votos favoráveis, 35 pela cassação e 6 abstenções.

Na sessão secreta de quarta-feira (12), Renan foi absolvido no processo que o acusava de quebrar o decoro parlamentar por receber recursos da Mendes Júnior para pagar despesas pessoais, como pensão e aluguel à jornalista Mônica Veloso.

O Conselho de Ética já abriu outros dois processos contra Renan.

O primeiro apura a denúncia de que ele teria beneficiado a empresa Schincariol junto ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e grilado terras em Alagoas junto com seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL).

O segundo processo pede a investigação da denúncia de que Renan teria usado laranjas para comprar rádios e um jornal em Alagoas.

O PSOL protocolou na Mesa Diretora do Senado o pedido de abertura de um terceiro processo para apurar a suposta participação de Renan em um esquema de desvio e lavagem de dinheiro em ministérios chefiados pelo PMDB.

Releia aquio artigo que escrevemos ao final da cobertura do perdão a Renan.