Da Agência Brasil Recife - A greve nacional dos funcionários dos Correios, deflagrada na semana passada, conta em Pernambuco com adesão de 85% a 90%, dos 3.200 funcionários da instituição.
A informação foi dada hoje (17) pelo diretor de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Luciano Batista.
Ele acrescentou que o serviço Sedex não estão sendo recebidos e “pilhas de correspondências vêm se acumulado nos Centros de Distribuição Domiciliar, uma vez que os carteiros entregam uma média de 30 a 40 quilos de cartas, telegramas, cobranças e outros de materiais envelopados, por dia”.
Segundo Batista, carteiros e atendentes comerciais e trabalhadores do setor administrativo dos municípios de Petrolina, Garanhuns e Caruaru denunciaram que vêm recebendo intimidações por parte dos chefes, para retornar as atividades, mas não cederam as pressões. “As chefias precisam entender que os trabalhadores estão em campanha salarial, que a greve é um direito constitucional.
Não iremos admitir esse tipo de assédio moral, o sindicato vai tomar as medidas cabíveis”, disse ele.
Destacou que diante da falta de avanço nas negociações entre o comando de greve e a empresa, sobre as reivindicações apresentadas, a categoria continua mobilizada.
Para hoje está programada uma reunião de funcionários nos setores de trabalho além de uma assembléia de avaliação, no final da tarde, na Central de Operações dos Correios, no bairro do Bongi, zona oeste da capital.
No ano passado os funcionários dos Correios conquistaram um aumento de 9, 18% no piso salarial, mas alegam que, mesmo assim, os salários continuam defasados, principalmente para carteiros, atendentes e operadores de triagem.
Querem, entre outros benefícios, elevação do piso de R$ 524 para R$ 1.089.
Na semana passada, a assessoria de imprensa dos Correios disse que iria entrar com uma ação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) contra a greve.