Paulo Henrique Amorim já foi correspondente da TV Globo no extrior e âncora de seus principais jornais.
Hoje está na TV Record onde tem, entre suas atribuições, a apresentação do Domingo Espetacular, uma espécie de Fantástico que pouca gente vê. É, portanto, um nome de certo peso dentro da chamada grande mídia.
Ele também edita o site Conversa Afiada, trocadilho que, aliás, em nada altera o sentido original da expressão.
E foi justamente por esse veículo que se descobriu, esta semana, o quanto ele está insatisfeito com o que chama de mídia golpista.
Depois da sessão do Senado que absolveu Renan Calheiros de um primeiro processo por quebra de decoro, a voz de Paulo Henrique Amorim e sua conversafiada ecoaram praticamente sozinhas pelo Brasil afora, comemorando a valorosa atuação do Senado, que não teria se curvado às pressões da tal mídia - leia o que publicamos, aqui.
Neste sábado (15) ele voltou à carga e noticiou o surgimento de um certo “Movimento dos Sem Mídia”, que pela manhã fez um protesto em frente ao jornal Folha de S.
Paulo.
Veja o que Amorim publicou. “Informação verdadeira e imparcial.
Foi o que pediu cerca de cem pessoas na capital paulista neste sábado, dia 15.
A manifestação aconteceu em frente ao prédio do jornal Folha de São Paulo, no centro.
O objetivo do protesto foi chamar a atenção para a falta de imparcialidade e pluralidade na grande mídia.
Em frente à sede do jornal, os participantes do protesto leram um documento que leva o nome de \Manifesto dos Sem-Mídia.
O \Manifesto dos Sem-Mídia\ é organizado pelo blogueiro Eduardo Guimarães.
Segundo ele, trata-se de um movimento pelo direito à informação correta, fiel e honesta. \Que a mídia fale, mas não me cale!
Não nos cale!
Não cale alguns e exponencie a voz de outros.
Todos têm que dar opiniões.
As pessoas querem confrontar opiniões!\ O professor universitário Eduardo Marques veio do Rio de Janeiro para participar da manifestação. \Esse é o ponto de partida de um movimento contra uma mídia parcial.
Creio que é um momento histórico e isso me fortaleceu para estar presente aqui, disse.
O consultor financeiro Rafael Rodrigues teve a idéia de fazer uma camiseta só para participar do protesto. \Você ter pequenos meios de comunicação partidarizados é normal.
Agora, você ter todos os grandes (meios de comunicação) partidarizados para o mesmo lado é muito prejudicial.\ O casal Jaqueline e Paulo trouxe os filhos.
Eles acreditam que desde cedo é preciso ter consciência da importância da informação correta. \Realmente não dá mais pra ler jornal.
A grande mídia virou um partido político, explicou a estudante Jaqueline Pascucci.
Os manifestantes penduraram um cartaz na parede do prédio da Folha de São Paulo.
No espaço, deixaram registrados pensamentos e desabafos.
O protesto começou por volta das 10h deste sábado e terminou ao meio-dia.
O organizador, Eduardo Guimarães, entregou uma cópia do manifesto do grupo, na sede do jornal.
O Conversa Afiada tentou falar com a Folha de São Paulo sobre o assunto, mas não encontrou nenhum representante do jornal.”