O governador Eduardo Campos vai acompanhar com interesse a polêmica votação da CPMF no Senado.
Na Câmara, o governo Lula tem maioria folgada e dá como favas contadas.
A razão é simples.
Na avaliação de Eduardo, a não prorrogação da CPMF trará graves prejuízos ao país. “O fim da CPMF é o fim do PAC”.
Como diz um bordão do meio jornalístico econômico local, Aristides tem razão!
Eduardo Campos defende a renovação da CPMF, por considerar que no contexto atual o Brasil não pode abrir mão de recursos que a União recolhe por meio da contribuição. “Como faremos para financiar todo o processo de melhoria na infra-estrutura, fundamental para alavancar o ciclo de crescimento que, pela primeira vez em muitas décadas, estamos retomando com características sustentáveis?
Sem a CPMF isso não é possível”, disse o governador.
Eduardo Campos fez esses comentários no começo da noite em que participou da reunião com os governadores do Nordeste o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir a reforma tributária e as compensações que os estados da região precisarão para que abram mão dos mecanismos de atração de empreendimentos industriais conhecidos pelo nome de guerra fiscal.
Com relação às críticas à CPMF feitas por quem proclama a urgência da aprovação da reforma fiscal, o governador afirmou: “Toda vez que CPMF vem à pauta, a Reforma Tributária vem junto.
Eu espero que dessa vez, possamos votar não só a CPMF, mas também a Reforma Tributária, para não ter um jogo que a gente já viu”, disse.
Segundo ele, os governadores e prefeitos devem ter em mente que no conjunto de recursos apurados por meio da CPMF R$ 18 bilhões vão para financiar o SUS em gestão compartilhada. “Os serviços de alta complexidade e média complexidade do país são bancados com esses recursos.
Eles estão chegando aos municípios que têm hospitais, aos Estados.
Então, eu acho que é necessário que se faça a prorrogação e que ela atende necessidades fundamentais da população”, acrescentou. “Não dá para ficar fazendo esse jogo de ser a favor da CPMF quando é Governo e é contra quando está na oposição.
Isso eu não faço, nunca fiz.
Isso prejudica a qualidade do debate político brasileiro.
Eu acho que a CPMF é ainda necessária.
Devemos prorrogá-la, sim, por mais de um mandato.
E devemos colocá-la num plano inclinado a partir do momento em que não seja essencial ao equilíbrio das contas públicas brasileiras”, acrescentou.