Turismo de Pernambuco - Uma visão parcial de 2007 Por Allan Pires Aquiar Iludem-se aqueles que acham que gestão do turismo é como uma corrida de cem metros rasos, onde a explosão da largada se mantém por mais de dez segundos de prova.
A agenda de estruturação de um destino turístico pode sim ser comparada a uma maratona que exige do atleta, método, disciplina, energia e foco em seu objetivo ao longo de extenuantes 42 quilômetros.
Em Pernambuco, a opção estratégica foi obedecer aos fundamentos de uma boa governança pública do setor no âmbito das competências de um Governo, conhecendo e absorvendo as melhores práticas de planejamento, gestão e controle das etapas de um processo de desenvolvimento turístico definidas por uma Administração que incorpora a atividade turística como elemento de aceleração do processo de inclusão social.
Decorridos oito meses de nossos trabalhos à frente da EMPETUR, estamos agora construindo alicerces que suportarão o tão almejado turismo sustentável do “destino Pernambuco”, sem negligenciar ações mercadológicas imediatas, limitadas pelo contingenciamento orçamentário, motivado pelo quadro de escassez de recursos.
A montagem da Secretaria do Turismo, antes apenas uma intenção legal à incorporação de funções dispersas na estrutura do Governo, como o PRODETUR, e a nova distribuição das tarefas executivas da EMPETUR, braço operacional e mercadológico da SETUR, constitui-se um marco para o ordenamento e eficácia do órgão Público responsável pelo turismo estadual.
Dos feitos relevantes, destaco a qualidade técnica da equipe contratada para a edificação do indispensável e aguardado “Planejamento Estratégico do Turismo do Estado de Pernambuco” (que vem exigindo a mais extensa discussão e consultas que o segmento já atravessou), a qual se encontra debruçada sobre a difícil tarefa de apontar os caminhos que nos elevarão à categoria de destino preferencial de brasileiros e estrangeiros, na região nordeste, com sustentabilidade ambiental e competitividade nos mercados emissores.
Simultaneamente, instalam-se os Fóruns Regionais de Turismo e Cultura, instâncias indispensáveis à escuta popular, em estreita aliança com a SECULT/FUNDARP, nas doze regiões de desenvolvimento do estado, contemplando novos roteiros, rotas e circuitos turístico/culturais, da mata, do agreste e dos sertões, robustecendo a oferta de produtos e destinos pernambucanos.
O PRODETUR entra em uma fase de desembolso da matriz de financiamento, favorecendo o “pólo costa dos arrecifes” com importantes investimentos em infra-estrutura pública, capacitação, recuperação de sítios históricos e preservação do meio ambiente.
A equipe responsável pela atração de investimentos em turismo já cumpre célere a agenda de apresentação das vantagens comparativas do “destino Pernambuco”, em feiras especializadas, no Brasil e no exterior, contabilizando importantes encontros com diretores de expansão de grandes bandeiras que reforçarão e qualificarão nosso atuante trade.
No âmbito das ações mercadológicas de maior impacto econômico a médio prazo, destaco a viabilização dos novos vôos regulares para Milão e Porto (já em comercialização), assim como para Madrid, Buenos Aires, Cabo Verde e, possivelmente, Angola e Nigéria, todos pelo consórcio BRA/Ocean Air .
Também lideramos os entendimentos com importantes empresas Norte Americanas que prenunciam vôos para a região nordeste, tendo o Recife como HUB.
O fomento aos vôos de fretamento figura como uma necessidade permanente, nos quais pretendemos aprimorar os critérios de apoio às operadoras.
Ressalte-se que, neste primeiro semestre, cumprimos toda a agenda de promoção em feiras e ações nacionais e internacionais, não obstante as dificuldades naturais impostas pelo nascimento de um novo ciclo político-adminstrativo, cujo programa elege o povo menos favorecido como patrão de todas as ações.
Assim, afirmo estarmos em plena maratona, no pelotão de frente, avançando com velocidade permitida, avaliando o estado do nosso organismo, observando nossos compromissos e com muita crença marcaremos um excelente tempo.
PS: Allan Pires de Aguiar era Diretor Presidente da EMPETUR S/A.
PS2: No dia 28 de agosto, escrevi e repito: Allan Pires reclamava que vive de mãos atadas, como uma rainha da Inglaterra, porque o secretário de Turismo, José Chaves, não lhe dava plenos poderes.
Já José Chaves reclamava, até publicamente, na Assembléia Legislativa, de que não tem verbas para executar ações.
Não tem sorte o nosso turismo.
Bom é na campanha, em que se vê solução para tudo.