O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira (13) que se absteve na votação que garantiu o seu mandato com o apoio de quarenta senadores. “É claro que me abstive.

Como seria diferente?”, disse.

O resultado foi de 35 votos pela cassação de Renan, 40 contra e 6 absolvições.

O presidente do Senado disse que dormiu até mais tarde nesta quinta e reafirmou que não pretende se licenciar ou renunciar à Presidência da Casa. “Felizmente não estou cansado”, disse.

Ele passou alguns minutos no plenário e depois seguiu para seu gabinete.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Renan argumentou que, por ter sobrevivido a uma campanha que tentava substituí-lo, está apto a comandar votações polêmicas como a prorrogação da CPMF.

O resultado da sessão teria sido uma demonstração de força.

Leia alguns trechos.

PRESIDÊNCIA “Se eu não tiver condições de presidir o Senado, quem é que vai ter, num quadro de absoluta divisão?”. “Não adianta tirar o presidente do Senado sem ter provas e colocar alguém com menos capacidade de conversação, de articulação, porque, ao invés de melhorar, as coisas vão piorar”. “Foi uma renovação da confiança da Casa no seu presidente”.

ACUSAÇÕES “Os acusadores não apresentaram uma prova sequer de nada, acusaram por acusar, por ouvir dizer, e nada do que eu disse foi editado da forma que eu disse, mas sempre de uma forma a me prejudicar”. “Me acusaram dizendo que era uma questão política e que como questão política tinha que ser resolvida, mas retrucamos que era uma questão jurídica, que tinha que ter prova, delito e crime para ter uma condenação”. “Bastava que eu contratasse a produtora de televisão da Mônica Veloso e pago aqui no Senado, aí sim era motivo de cassação porque estaria misturando o público com o privado”. (Com informações do G1)