Do G1 A oposição ameaçou paralisar as votações no Congresso Nacional caso Renan Calheiros (PMDB-AL) permaneça na presidência do Senado.
A exigência para que Renan renuncie ao cargo tem o apoio do PDT e do PSB, informou a senadora Patrícia Saboya (PSB-CE).
O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) também participou do encontro da oposição.
Para pressionar Renan a deixar a presidência do Senado, a oposição exige a aprovação do Projeto de Resolução que acaba com as sessões secretas e da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que põe fim ao voto secreto.
Os oposicionistas querem ainda a votação do projeto que determina o afastamento do parlamentar que responder a processo por quebra de decoro do cargo que ocupe na Mesa Diretora, da presidência das comissões e do Conselho de Ética. “São medidas de força.
Ou ele sai da presidência [do Senado] ou o Congresso pára”, desafiou o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN).
DE JOELHOS Para o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), as exigências da oposição são uma tentativa de “reconstruir” o Senado. “A Casa está de joelhos, desmoralizada.
O Senado foi ferido de morte.
Então, nossa reação enérgica é para reconstruir o Senado.
E é nesse sentido que essas medidas vão”, disse Arthur Virgílio, acrescentando que Renan Calheiros não tem condições de comandar o Senado. “Não achamos que o Renan venceu.
A democracia perdeu.
Ganhou apenas a crise.
Ele perdeu e perdeu porque não reúne as condições para governar mais a Casa”, completou.
As medidas anunciadas pela oposição, segundo José Agripino, podem forçar Renan Calheiros a renunciar à presidência. “Ele tem dito repetidas vezes que a licença e a renúncia não fazem parte do vocabulário dele.
Não acredito que ele vá tomar uma atitude dessas”, afirmou o líder do Democratas.