A votação desta quarta-feira apenas considerou uma das quatro denúncias que marcaram os últimos três meses do então presidente do Senado.

Em 25 de maio deste ano, a revista Veja revelou que Renan teve despesas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior.

O dinheiro bancaria pensão e aluguel da jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha.

No Congresso, Renan disse que o lobista era seu amigo, mas negou ter recebido recursos.

Na segunda denúncia, Renan Calheiros é acusado de ter intercedido no INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) e na Receita Federal em nome da Schincariol.

A ajuda do senador teria sido uma retribuição à cervejaria pela aquisição - por R$ 27 milhões - de uma fábrica de refrigerantes de sua família em Alagoas.

A denúncia está no Conselho de Ética e tem como relator o senador petista João Pedro.

Em 4 de agosto, a revista trouxe novas denúncias contra Renan.

Desta vez, a suspeita é de que o senador seria sócio oculto de duas emissoras de rádio em Alagoas.

Laranjas teriam participado do negócio de R$ 2,5 milhões em nome de Renan.

Posteriormente à compra, o filho do presidente do Senado aparece na composição societária de uma das empresas.

O negócio foi confirmado pelo ex-aliado do senador, o empresário João Lyra, que apresentou documentos.

O processo também já se encontra no Conselho de Ética, mas ainda não tem relator.

A última acusação foi feita por Bruno de Miranda Lins, ex-marido de uma assessora do presidente do Senado, em 31 de agosto.

Segundo Lins, o empresário Luiz Carlos Garcia Coelho (seu ex-sogro) operava esquema de arrecadação para o senador em ministérios comandados pelo PMDB.

O banco BMG seria beneficiado com a concessão de crédito consignado.

Em troca, a instituição financeira teria pago propina.