As fotos acima são da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e mostram carros e motos que foram recuperados.
Alguns já estão enterrados.
Já as motos foram parar atrás das grades.
A situação é mais uma vez relatada em reportagem da editoria de Cidades.
Por João Valadares Da Editoria de Cidades do JC As cerca de duas mil pessoas que procuram, mensalmente, a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, no bairro do Curado, Zona Oeste do Recife, se deparam com um verdadeiro cemitério de automóveis.
O acúmulo histórico de carros no local fez o terreno de menos de cinco mil metros quadrados ceder.
Cerca de 1,3 mil veículos roubados se amontoam no pátio.
Dezenas deles acabaram literalmente enterrados por falta de espaço.
As motocicletas foram parar nos corredores e até nas celas da unidade especializada.
Na frente da delegacia, também há carros abandonados que não podem ser levados para o pátio porque a repartição não tem sequer uma empilhadeira para promover o reboque.
Diariamente, são registradas, em média, 20 ocorrências de roubo e furto de veículos.
Em 70% dos casos, os carros são devolvidos aos donos.
Em 10%, porém, os proprietários são ressarcidos pela seguradora, e os automóveis ficam retidos na unidade policial.
Este ano, 144 carros ainda não foram devolvidos às seguradoras.
Além disso, automóveis adulterados, cujos donos não são identificados, engrossam as fileiras do pátio.
O delegado titular Zanelli Alencar explicou que os números mostram que os policiais ocupam a maioria do tempo com serviços administrativos, o que prejudica o processo de investigação.
Para amenizar o problema, a Secretaria de Defesa Social (SDS) promete contratar pelo menos 10 estagiários para dar conta do atendimento ao público.
O gerente de Polícia Especializada, Osvaldo Morais, declarou que a delegacia ganhará novo pátio, a ser erguido em uma área central do Recife, em parceria com a Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg), com área três vezes maior que a atual.