A greve do Judiciário rachou.
A divisão ficará evidente agora à tarde, quando eles se reunem para votar a proposta de fim da greve apresentada pelo TJPE.
Vestidos de vermelho e com narizes de palhaço, os servidores que se julgam prejudicados pretendem sensibilizar a Presidência do Tribunal de que a atual redação do PCCV (Projeto 198/2007) não reflete os anseios da categoria, já que elimina uma série de conquistas que seriam extensivas a todos e preserva um benefício que só privilegia alguns e aqueles que deveriam lutar pelos direitos de todos os servidores.
Os servidores grevistas do Tribunal de Justiça vão se reunir, em Assembléia, logo mais, no Auditório do Fórum do Recife, na Joana Bezerra, às 14:00h, para decidirem os rumos do movimento.
O TJPE acenou com a proposta de um abono de 10% até o mês de Janeiro/2008, carinhosamente apelidada de Bolsa Esmola por parte da categoria.
No entanto, o que vem causando polêmica e vem encontrando forte resistência de boa parte dos servidores é a possibilidade de reenquadramento para apenas alguns cargos, como o de TÉCNICO JUDICIÁRIO PJ 02, coincidentemente o cargo dos três líderes do Sindicato dos Servidores e dos filhos de 02 (dois) Desembargadores. “O sentimento dos servidores prejudicados é de repúdio à manobra do Sindicato com o Tribunal, principalmente agora que o projeto de lei 199/2007, que trata da criação de mais cargos comissionados dos Juizados Especiais e dos Gabinetes dos Desembargadores, foi aprovado na Assembléia Legislativa”, relata um servidor.
Também não se entende como o TJPE pagou R$ 700.000 reais à Fundação Getúlio Vargas por um plano que depois é desfigurado.
Os mais injuriados são os auxiliares judiciários, cerca de 270 pessoas, as que ganham menos e vão ficar de fora.
Os beneficiados pelo plano são cerca de 450 funcionários, que formam a categoria PJ02.