Ao longo das quatro horas e meia de sessão, os senadores que quiserem discursar vão ter de guardar a voz desde hoje. É que o sistema de som do plenário já foi desligado para garantir o sigilo total dos debates e eventuais comentários ocorridos durante a votação.

Ao invés dos tradicionais microfones, os senadores terão que falar em voz alta para serem ouvidos pelos colegas –tudo para evitar que os discursos possam vazar por meio do sistema eletrônico.

Durante a sessão, a ex-senadora Heloisa Helena (PSOL-AL) fará parte da defesa da representação do seu partido em favor da cassação de Renan.

Ela falará por 15 minutos, enquanto o único senador do PSOL, José Nery (PA), discursará outros 15 minutos.

Eles defenderão a perda de mandato, como foi feito pela legenda na representação por quebra de decoro parlamentar.

Depois, será a vez de Renan discursar por meia hora.

O senador ainda não definiu se vai pessoalmente ao plenário, ou se será representado no discurso pelo advogado, Eduardo Ferrão.

Os dois também estudam dividir o tempo do discurso, com cada um falando por 15 minutos –já que o tempo previsto pelo regimento para a defesa e a acusação são 30 minutos de discurso.

Ferrão repetirá que seu cliente é inocente e que as denúncias de que teria utilizado recursos da empreiteira Mendes Júnior para pagar despesas pessoais são improcedentes.

Tanto Heloisa Helena como Ferrão terão de deixar o plenário do Senado tão logo terminem seus apartes.

Somente dois funcionários da Casa poderão acompanhar a sessão: a secretária geral da Mesa, Claudia Lyra, e outro assessor.