A equipe do prefeito João Paulo justificou a privatização do lixo também com a alegação de que a nova destinação final do lixo trará economia para a cidade.

Serão economizados R$ 2,2 milhões por ano em transporte, já que a PCR não terá mais que levar 60% a 70% do lixo para fora do Recife.

De acordo com a PCR, outro ponto importante é a instalação da Central de Tratamento e Destinação de Resíduos.

Com ela, o Recife credencia-se a receber o ICMS verde - um benefício de R$ 2,4 milhão/ano concedido às cidades que praticam políticas ambientalmente adequadas.

E, finalmente, a Prefeitura receberá um percentual sobre os valores arrecadados pela concessionária com a venda da bioenergia.

Não foram divulgados valores de quanto gasta-se hoje e quanto se passará a gastar. “No critério tecnologia, o Recife passa a ser uma referência nacional e até na América Latina em processos de obtenção de energia elétrica alternativos.

A tecnologia permite a produção de 15,78 MW/dia, um valor capaz de abastecer 144 mil residências com baixo consumo”, divulga a PCR.

Durante a cerimônia de assinatura do convênio, o prefeito João Paulo disse que o projeto era importante para a cidade. “Sabemos da importância da questão ambiental para a cidade e principalmente para o planeta.

Por isso, quando viajamos para vários países anos atrás, vislumbramos a possibilidade de implantar um modelo de tratamento de lixo ecológico e viável ao Recife.

Isso é uma mudança de paradigmas no tratamento de resíduos e com isso cuidamos do Recife e do planeta”, explicou João Paulo.

O representante do Recife Energia, Quirino Ferreira, também destacou o pioneirismo do projeto da PCR. “Quando uma prefeitura propõe projetos inéditos como este estimula-se o empresariado a se incorporar na defesa do meio ambiente.

E o meio ambiente exige ações deste porte para o futuro com boas perspectivas do nosso planeta”, elogiou Ferreira, feliz da vida com uma fatura de mais de R$ 300 milhões, ao longo de 20 anos.