A PCR justifica a transferência dos serviços, entre outras razões, com a alegação de que o Aterro da Muribeca encontra-se em fase final de aproveitamento e até julho de 2009 deverá ser desativado.
O Recife trata todos os tipos de resíduos (lixo domiciliar, cinzas de lixo hospitalar e entulhos da construção civil) no Aterro Controlado da Muribeca, situado em Jaboatão do Guararapes, desde 1985.
O atual espaço empregado no Aterro da Muribeca será desativado e uma outra área anexa, com 75 hectares, será utilizada para o recebimento de uma fatia menor do lixo que recebe atualmente, 30% a 40%, já que o restante será tratado pela concessionária, o que, segundo alega a PCR, trará um menor impacto ambiental à área da Muribeca.
Pelo contrato, a concessionária terá de implantar uma usina para transformação do gás metano advindo do lixo em bioenergia.
Isso reduzirá a emissão do metano na atmosfera, um dos principais causadores do efeito estufa. “A Prefeitura do Recife precisou elaborar uma nova política para destinação dos resíduos urbanos.
Após viagens à Europa, Estados Unidos e Japão, em 2004, uma equipe capitaneada pelo prefeito João Paulo iniciou o desenvolvimento de um projeto para tratamento de lixo que priorizasse quatro conceitos: meio ambiente, economia, tecnologia e inclusão social”, defende a PCR. “No aspecto meio ambiente, o projeto Lixo Tem Valor chama a atenção por dar uma destinação ambientalmente correta a grande parte dos efluentes do lixo (sólidos, líquidos e gasosos)”, argumenta.