Releia aqui as duras críticas ao ministro feitas pelo Clube Naval.
Por Luciano Siqueira No www.lucianosiqueira.blogspot.com Está no jornal O Estado de São Paulo de hoje.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, teria ameaçado “demitir o comandante do Exército, Enzo Peri, e todos os generais do Alto Comando que se juntassem em um ato de contestação de sua autoridade.
A ameaça, explícita, foi feita na sexta-feira da semana passada, em Brasília, e compôs um cenário de crise em que Jobim e o Exército mediram a força política de cada uma das partes, no rastro da solenidade de lançamento do livro Direito à Memória e à Verdade, no Palácio do Planalto.” O livro foi editado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos e dá a versão da comissão especial do Ministério da Justiça para a delicada questão dos mortos e desaparecidos durante o regime militar (1964-1985).
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Se for verdade o que a reportagem conta, estivemos à beira de uma crise institucional.
Por mais ousado que seja o atual ministro da Defesa, e ainda mais bafejado pela mídia, deveria pensar três vezes antes de praticar tal atitude.
Os comandantes militares estão formalmente subordinados ao ministro, porém são escolhidos pelo presidente da República.
E dificilmente o alto comando das Forças Armadas aceitaria o ato do ministro tranquilamente.
Ao contrário, poderia se gerar, a partir daí, uma crise institucional de conseqüências imprevisíveis no contexto da fragilidade história, ainda não superada, de nossa República.