Não \Vale\ ter ruptura no Brasil?
Por Luís Carlos Lins Do Fórum Permanente Pela Ética na Política O Brasil é o País do consenso ou da coalisão (como alguns preferem)!
Essa é a marca de nossa história: - Nossa abolição foi negociada (e imposta!) com os ingleses imperialistas; - Nosso grito de independência, dado por um herdeiro da corte portuguesa, não passou de uma negociata comercial; - Nossa proclamação da República foi feita por um MILITAR (o Deodoro)!
Pode!?; - A democracia teve que passar por uma transição negociada com o regime ditatorial e o primeiro presidente civil(Sarney) era fantoche da caserna.
Agora vem o Grito dos Excluídos, denunciando mais uma das aberrações político-administrativas em nosso País, que foi a venda ilegal de uma empresa estratégica para a inclusão e promoção social do nosso povo e inserção soberana do País no mercado global.E os movimentos sociais (boa parte dele ligado ao PT), foi literalmente desestimulado nesse plebiscito pela anulação da privatização da Vale do Rio Doce.
José Dirceu declara que não é o momento para abordagem do assunto, Pedro Eugênio por aqui, diz que o tema está fora de hora, e o presidente Lula declara para todo o País e os movimentos sociais ouvirem, que a revisão da venda criminosa está fora da agenda do governo.
Os mesmos movimentos que louvam a coragem de Hugo Chavez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia e Rafael Correia no Equador(líderes que peitam literalmente as elites conservadoras de seus países e têm a coragem de tomar partido contra o desequilíbrio na distribuição da renda), precisam também avaliar se temos que esperar outros 507 anos para reunirmos as condições favoráveis para aprofundarmos no Brasil, nossa democracia econômica.
Se estivermos sempre atrelados às decisões institucionais, jamais construiremos as condições necessárias para avançarmos nas mudanças!
Quanto as nossas forças armadas serem conservadoras na sua totalidade e ameaçarem com um golpe, não é totalmente plausível esse argumento.
Sempre tivemos o sentimento nacionalista em parte de nossa elite fardada e isso deve ser estimulado.
O presidente da Bolívia é um índio e até agora não caiu.
Qual a receita?
Chega de capitular e achar que a mudança é só para outros!
Se os outros reuniram as condições, é nossa obrigação construir a nossa.