Do G1, em Brasília O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), cobrou do PT uma conduta de aliado nesta quinta-feira (6), após os três senadores do partido que integram o Conselho de Ética votarem a favor do relatório de sua cassação na quarta-feira (5). “O PT sempre teve e sempre terá um comportamento de aliado que é um comportamento proporcional ao comportamento que eu sempre tive com eles, de modo que minha relação com o PT nunca esteve tão bem como está hoje”, disse Renan.
O presidente do Senado disse que não se surpreendeu com o fato do senador João Pedro (PT-AM) ter sido favorável ao relatório de cassação.
O petista de Amazonas, na semana passada, foi contra a votação aberta no Conselho de Ética numa posição alinhada com os interesses de Renan.
Apesar da postura de cobrança em cima do PT, o senador peemedebista disse que não aceitará pressão para evitar que perca o mandato. “A única coisa que eu não vou permitir é pressão sobre os senadores (…) Quem vai responder é a consciência de cada um levando em conta o que foi levantado nos autos", disse.
O futuro do senador será decidido em sessão sigilosa e em votação secreta.
Com o duplo segredo, apenas os senadores têm acesso ao plenário da casa.
A galeria fica fechada para visitação e os jornalistas não podem acompanhar.
Renan descartou ainda renunciar ao posto de presidente do Senado. “Eu sempre deixei claro desde o início que não deixaria o cargo.
Fui eleito para cumprir um mandato de dois anos.
Só a decisão do plenário pode encurtar esse mandato.
Fora disso, não há hipótese”, disse.