O presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe), Ricardo Varjal, foi irônico na avaliação do nome do novo secretário de Defesa Social do Estado, o delegado da Polícia Federal, Servilho Silva de Paiva. “Não tenho que avaliar nada.
Só tenho que desejar sucesso”, disse Varjal, na tarde desta quinta (6), ao Blog.
No dia anterior, ele havia criticado o governador Eduardo Campos por declarar que manteria o comando da SDS com a Polícia Federal já que, na sua opinião, as instituições de segurança do Estado (Polícia Civil e Militar) não estão amadurecidas para assumir a função. “Sei lá o que o governador quis dizer (com a declaração).
Ele é muito espontâneo e deve estar olhando a questão por um ângulo que os outros não conseguem ver”, avaliou o presidente da Adeppe.
Sobre o secretário Romero Meneses, que está saindo para assumir a Diretoria de Operações da Polícia Federal, em Braília, Ricardo Varjal disse que sua passagem foi muito curta para que se possa fazer um juízo de valor a respeito. “Ele pediu um prazo e saiu no meio do caminho.
Mas se o governador insiste com eles (delegados da PF assumindo o comando da SDS) é porque está satisfeito”, afirmou. “Para mim, o antigo secretário ainda estava na fase dos planos, que agora devem ser executados pelo seu sucessor”.
O presidente da Adeppe avaliou que, como “instituições centenárias”, Polícia Militar e Polícia Civil estão, sim, amadurecidas e prontas para comandar a segurança pública do Estado. “Eles (os delegados da PF que assumiram o comando da SDS) são profissionais de polícia como nós, apenas de áreas diferentes”, bateu.
Mesmo assim, Varjal afirmou que não pretende fazer um cavalo de batalha desta questão. “Como presidente de uma entidade de classe, estou pronto para colaborar com o governador e o novo secretário.
Como cidadão, torço para que tudo dê certo”, concluiu.