Do Valor Online O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, disse nesta sexta-feira (6) que o governo pode aumentar as alíquotas da PIS e da Cofins, contribuições que incidem sobre o faturamento das empresas, caso não consiga renovar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), imposto que pode render R$ 39 bilhões aos cofres públicos no ano que vem.

O secretário explicou que “fez exercícios” sobre como obter mais receitas, caso a CPMF (que a princípio deixa de ser cobrada em dezembro próximo) não seja prorrogada até 2011.

Segundo ele, a arrecadação com esse tributo corresponde a 4% da receita tributária do governo federal. \Rombo\ Para cobrir o rombo da CPMF, segundo ele, o governo teria que aumentar a alíquota atual de 9,25% para 10,3% em PIS-Cofins no regime não-cumulativo, e de 3,5% para 4% no regime cumulativo.

Segundo a Receita, isso seria pior para a economia, pois as contribuições são passíveis de sonegação, além de elevar o custo geral do setor produtivo.

Depois das discussões, ele explicou em entrevista que usou esse exemplo como contribuição ao debate, porque teremos que buscar arrecadação equivalente.

Ele voltou a afirmar que o chamado imposto do cheque é um tributo saudável, de baixo custo e eficaz no combate à sonegação e, se for eliminado, trará prejuízos ao país.