Da Editoria de Economia do JC Técnicos da General Motors (GM) estiveram ontem em Suape aprofundando os estudos para instalar uma montadora de veículo e uma central de distribuição em Pernambuco.

Três integrantes da montadora estiveram no Estado buscando informações técnicas de funcionamento do porto, como áreas disponíveis, linhas e profundidade do berço de atracação. “Eles vieram tirar dúvidas.

Fizeram perguntas e pediram informações.

O objetivo era o de levantar dados e ajudar nos estudos que estão fazendo”, afirmou o diretor de novos negócios de Suape, Sidnei Aires.

A área desejada pela GM estará entre 50 a 100 hectares, podendo ficar dentro da zona portuária.

Suape já trabalha com a possibilidade de deixar dois novos cais para operação com a GM.

Um dos objetivos da futura planta seria a exportação para o mercado norte-americano.

Segundo Aires, a equipe da montadora ficou de levar os dados e complementar por e-mail. “Eles vão estudar melhor”, disse.

A equipe fez, ainda, um sobrevôo, tiraram fotos de possíveis áreas e ficaram de voltar a Pernambuco dentro de duas semanas.

Um dos pontos de futura discussão, segundo informou Sidnei Aires, é a parte tributária. “Eles devem se encontrar também com a Secretaria da Fazenda e com a Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (AD Diper)”, informou.

O plano da GM é instalar uma montadora com capacidade de produzir de 250 mil a 300 mil veículos por ano, investindo US$ 1,5 bilhão.

A nova lei do Prodepe, aprovada este ano, já inclui um incentivo fiscal próprio para o setor automobilístico.

A instalação da montadora da GM foi lembrada até pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na visita para início das obras da refinaria.

Não foi a primeira vez que Lula comentou sobre a possível vinda de um investimento para o Estado.

Em 2004, numa cerimônia com a presença do então presidente da Infraero, Carlos Wilson, Lula disse que o hoje deputado estava contente porque Pernambuco iria ganhar um grande empreendimento, o estaleiro.

Na época, o estaleiro era liderado pela Camargo Corrêa e negociado sigilosamente entre o governo do Estado para participação na licitação da Transpetro.