Da Folha Online O diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Leur Lomanto renunciou ao cargo na tarde desta quinta-feira. É o terceiro diretor que deixa a agência desde o dia 24 de agosto, quando Denise Abreu renunciou.

A agência informou que Lomanto protocolou sua renúncia por volta das 14h no Ministério da Defesa. “Apesar do ataque sistemático de várias e poderosas forças, a ANAC vem cumprindo seu papel com eficiência, não se curvando a pressões, quaisquer que sejam, sempre procurando atender ao usuário e proporcionando cenários em que as companhias aéreas pudessem competir com regras claras, dentro de uma economia de mercado.

Se colocada em uma balança isenta de paixões e emoções, a ANAC acertou muito mais que errou ao longo de sua trajetória”, diz nota assinado por Lomanto.

Renúncias Desgastada por quase um ano de crise aérea, pela tragédia do vôo 3054 e pela acusação de que teria apresentado um documento sem validade à juíza Cecília Marcondes, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, Denise Abreu não resistiu.

A norma de segurança tinha como objetivo derrubar a restrição de uso da pista do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), determinada em fevereiro pela Justiça Federal.

No dia 28 de agosto, Jorge Luiz Veloso, responsável pela área de segurança da Anac, também deixou o cargo.

Como são indicados pelo presidente da República com o aval do Senado Federal, os diretores das agências reguladoras não podem ser demitidos –ou seja, são obrigados a renunciar.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, ainda não definiu os nomes que substituirão os dois diretores.

A expectativa era de que ele apresentasse hoje suas indicações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que ainda não ocorreu.

Crise aérea Ao contrário do presidente da Anac (Agência Nacional de aviação Civil), Milton Zuanazzi, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu hoje que a crise aérea ainda não acabou.

Em entrevista concedida a oito emissoras de rádio, Lula afirmou que o governo está se empenhando para “arrumar a casa direitinho” em busca de soluções que resolvam a crise.

No entanto, afirmou que os atrasos devem persistir. “Eles [ATRASOS]ocorrem não só no Brasil, como na China, na Inglaterra e no mundo inteiro”, disse o presidente.