A rebelião no pavilhão A do Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel) envolve cerca de 500 presos, de um total de 1,1 mil hoje no estabelecimento penal.

O superintendente de Segurança Penitenciária, coronel Isaac Wanderley, disse agora há pouco ao JC Online que espera uma noite longa. “Eles estão irredutíveis.

Esperámos vencer pelo cansaço”, afirmou.

De acordo com o funcionário do governo, os presos estão reclamando da mudança das regras de visita, basicamente.

Elas foram mudadas há cerca de 15 dias, ou dois domingos de visitação.

O número de presos foi limitado a três pessoas por preso, o que dá cerca de 4 mil pessoas no estabelecimento, considerando que existem mais de mil presos hoje.

Mais do que isto não é considerado seguro, pelas novas regras estabelecidas. “Eles querem que continue um número ilimitado, com direito a pai, avô, mãe, filhos.

Houve o controle e eles não aceitam, mas é um número razoável para se ter segurança”, afirmou Isaac Wanderley.

A revelião teve início por volta das 19h desta quarta-feira (5), vitimando o chaveiro conhecido como Salgado.

O preso foi morto a facadas e queimado.

Não se conhece detalhes como sua idade ou o motivo do assassinato.

De acordo com a PM, há suspeitas de mais dois mortos.

Issac não confirmou essa informação.

Os presos rebelados conseguiram subir na laje do prédio, atearam fogo em colchões e estão fazendo pelo menos três presos reféns, sob a ameaça de armas.

O Batalhão de Choque da PM seguiu para o local para tentar conter a rebelião, com bombas de efeito moral.